O que você vê nesta imagem são duas lagartas da mariposa Liphyra brassolis, uma clara em cima e uma mais marrom embaixo (olha a cabeçinha e as antenas). Elas possuem este formato diferentes pois, como dá para perceber, atacam formigas. Estas lagartas fazem parte do grupo Lycaenidae, que possui uma série de interações com formigas, de mutualísticas, onde a lagarta fornece um líquido açucarado em troca de proteção, à predatórias (ocorre até a relação de parasitismo que já descrevi aqui no Rainha), como esta lagarta comedora de pupas.
A carapaça grossa protege contra mordidas e ainda impede que as formigas consigam virar a lagarta e atacar a parte de baixo, que é macia e vulnerável. Com esta defesa digna do Fanático, a larva de mariposa consegue crescer dentro de formigueiros e se alimentar das formigas jovens sem grandes problemas, causando grandes estragos.
Já esta bolinha branca sobre a ninfa de um fulgomorfo (parente do grilo) que se alimenta da cana-de-açúcar é uma lagarta da mariposa Epiricania melanoleuca. Diferente da grande maioria das lagartas herbívoras, esta se alimenta da hemolinfa do fulgomorfo. Não chega a matá-lo mas debilita o suficiente para que ele não se reproduza. O que é muito apreciado pelos criadores de cana, que chegam a espalhar lagartas como forma de controle biológico.
Esta bela e gorda lagarta não está decorada à toa. Cada algodão daquele pendurado na Maduca sexta (a lagarta da folha do tabaco) é um casulo de uma vespa Cotesia congregata. Cada vespinha foi depositada com cuidado dentro da lagarta e, com a ajuda de um vírus simbionte que destrói a resposta imune da lagarta, elas cresceram durante cerca de 14 dias liberando compostos que castram a Manduca e a fazem continuar no estágio de larva se alimentando e incapaz de sofrer metamorfose. Em alguns dias novas vespinhas adultas emergirão dos casulos.
Isso mesmo, para a Cotesia invadir a lagarta, ela utiliza um vírus que destrói as defesas do hospedeiro. Talvez diga também que é um príncipe herdeiro que precisa de uma conta para depositar seus ovos. Ou que achou fotos íntimas da Manduca e que basta ela clicar no meusovos.exe.
Isso mesmo, para a Cotesia invadir a lagarta, ela utiliza um vírus que destrói as defesas do hospedeiro. Talvez diga também que é um príncipe herdeiro que precisa de uma conta para depositar seus ovos. Ou que achou fotos íntimas da Manduca e que basta ela clicar no meusovos.exe.
Já estas três vespas simpáticas não estão coversando nem se encarando. São fêmeas depositando ovos. Que ovos? Onde? As mamães buscam larvas de besouro da madeira Phoracantha recurva, que estão se alimentando dentro tronco de árvore q'ue está sob elas, para depositar seus ovos.
Mais do que isso. As mães sabem a qualidade da larva em que estão pondo ovos, e nas larvas mais novas, com cerca de 2 semanas, colocam apenas ovos de machos, que são menores e requerem menos recursos para crescer. Já em larvas mais velhas, como 5 semanas, preferem colocar mais ovos de fêmeas, que são maiores. Por aquele buraquinho na madeira.
Mais do que isso. As mães sabem a qualidade da larva em que estão pondo ovos, e nas larvas mais novas, com cerca de 2 semanas, colocam apenas ovos de machos, que são menores e requerem menos recursos para crescer. Já em larvas mais velhas, como 5 semanas, preferem colocar mais ovos de fêmeas, que são maiores. Por aquele buraquinho na madeira.
Créditos: http://scienceblogs.com.br/rainha/
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