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17 de abril de 2011

A verdade sobre a ararinha-azul do "Rio"

Não vi o filme. Mas fica aí  algumas considerações que achei interessantes sobre a temática. Creio que será útil e fará ver o filme com outros "olhos".


rio_filme.jpg
Depois de mais de um ano de espera após saber da produção da animação "Rio", de Carlos Saldanha, finalmente, vi o filme. Confesso que o enredo ficou abaixo da minha expectativa, mesmo assim, a película é imperdível para quem gosta do gênero - atenção aos detalhes - e para quem quer mostrar ao filho o problema de se ter um animal de estimação silvestre. "Rio" conta as aventuras de Blu, uma ararinha-azul domesticada, que é levada à cidade para garantir a continuação da espécie. Leia minha resenha sobre o filme que publiquei no Yahoo!. Porém, essa é aquela arara-azul que tanto divulga-se estar em risco de extinção - e que, por sorte, vi voar em bando durante o Rally dos Sertões (!)? Não.

De acordo com a Sociedade para a Conservação das Aves do Brasil (SAVE Brasil), "Rio" foi inspirado na história real da ararinha-azul - é com diminutivo, mesmo, que se escreve o nome popular. A espécie (Cyanopsitta spixii) foi extinta da natureza devido ao tráfico de animais. Hoje, restam apenas exemplares em cativeiro. Porém, diferente do que mostra o filme - a aventura se passa na cidade do Rio de Janeiro -, pesquisadores afirmaram que a espécie é proveniente do bioma Cerrado. O diretor rebate alegando licença poética. Ok, vai. Mesmo porque ele é fiel ao aspecto físico do bichinho.
A SAVE Brasil aproveitou a deixa do filme para divulgar uma série de tristes números relacionados ao tema. Segundo a instituição, o tráfico de animais já causou a extinção de 400 espécies de aves do mundo inteiro. O Brasil, exaltado no cinema, está entre os três - Colômbia e Peru também - países do mundo que mais possuem pássaros, são 1834 espécies catalogadas. E, o primeiro em número de aves ameaçadas de extinção: 124 espécies.
O problema é grave. Para evitar, o melhor a fazer é nunca comprar ou manter em cativeiro um pássaro silvestre. Mesmo que o vendedor apresente licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). No ano passado, no Dia Internacional da Biodiversidade (22 de maio), publiquei uma matéria no Yahoo! sobre o tráfico de animais. Veja:

Tráfico de animais: uma das principais ameaças à biodiversidade
Na feira livre, em São Paulo, rapaz anuncia: "Papagaio, só 50 reais". Entre as barracas de verduras e frutas, consegue chamar a atenção de uma senhora. Ela se encanta pelo animalzinho, pequeno, ainda sem coloração nas penas. O pássaro era preto e branco. Ela não resiste à ternura e leva o animal para casa. Essa ação, que parece de amor à natureza, na realidade destrói a biodiversidade. Hoje (22), no Dia Internacional da Biodiversidade, o alerta. O tráfico de animais é uma das principais causas da perda de biodiversidade no Brasil. Apenas perde para a destruição dos habitats naturais e para a caça ilegal.
"O Brasil é o primeiro país em biodiversidade do mundo devido à diversidade de biomas", afirma Mariana Napolitano e Ferreira, analista do Programa de Áreas Protegidas e Apoio ao Arpa da ONG WWF-Brasil. "Possuímos florestas tropicais, savanas, áreas montanhosas como a Serra do Mar, áreas secas como a caatinga. Toda essa variedade colabora para ocupar a posição mundial", completa. No entanto, a bióloga alerta que o tráfico está completamente ligado à crise de biodiversidade mundial. "E nossa vida depende disso. Por exemplo, o antídoto contra o veneno da cobra precisa de cada espécie viva", explica Mariana.
De acordo com Raquel Sabaini, chefe da divisão de fiscalização de fauna do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), em 2009, foram aprendidos 30 mil animais. No entanto, o instituto estima que 500 mil animais são retirados por ano dos ecossistemas brasileiros. "A polícia militar e federal também faz apreensão, mas não conseguimos consolidar todos os dados", afirma Raquel. Em 2008, foram recuperados cerca de 55 mil animais devido a um contrato do Ibama com a polícia ambiental de Minas Gerais. Dependendo da condição dos bichos e do local que foram recuperados, eles voltam para a natureza ou são enviados para zoológicos e criadoros oficiais. "Mas não são comercializados os filhotes deles", diz Raquel.
Quem compra tantos animais? Mariana e Raquel afirmam que existem dois perfis de compradores. As pessoas que querem ter um bicho silvestre como animal de estimação e colecionadores. O primeiro comprador, que é o caso da senhora da feira, se interessa mais por aves. "A maioria, 80% deles, adquirem aves canoras - que cantam - como o canário", diz a estudiosa. "No entanto, os traficantes pegam esses bichos dos ninhos, de forma cruel", completa Raquel.
Possivelmente, a senhora que adquiriu o pássaro na feira não sabia que, segundo a Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Rencta), para cada 10 papagaios capturados, nove morrem. Além disso, a Raquel fez uma estimativa de conclusão impactante. Cada papagaio capturado deixa reproduzir cerca de 20 mil filhotes em 30 anos livre no habitat natural.
Jpa o tráfico mais elitizado é estimulado por colecionadores. "Eles procuram répteis e espécies ameaçadas de extinção. Quanto mais ameaçada, mais cara é a espécie no mercado negro", conta Raquel. Ela diz que, geralmente, eles encomendam os animais. Afinal, o preço dos animais legalizados é alto. Um arara pode custar entre R$ 5 mil e R$ 10 mil. "O custo de produção é caro, eles se reproduzem pouco em cativeiro", explica Raquel. Um papagaio sai entre R$ 500 ou R$ 1 mil. De modo geral, os animais são retirados da natureza no Nordeste e no Norte do país para abastecer o mercado interno do Sudeste. Alguns animais, os mais raros, são exportados.
Para evitar o problema, quem tem interesse em adquirir um animal silvestre deve procurar criadouros registrados no Ibama. E, sempre, comprar com nota fiscal. De preferência, para evitar adquirir um animal que foi retirado da natureza, mas legalizado como se tivesse nascido em cativeiro, Raquel indica para a pessoa visitar o criadoro. Inclusive, pedir um teste de paternidade. "Um teste de DNA custa em torno de R$ 30", diz Raquel.
"Quem compra um animal na feira, ou de qualquer maneira ilegal, está financiando o tráfico", afirma a chefe do Ibama. O tráfico de animais, no Brasil, perde apenas para o de drogas e o de armas. Sem contar que, uma pessoa pega com um animal silvestre, pode pagar multa de até R$ 5 mil e ser preso. Porém, quem tiver um animal desses como de estimação e voluntariamente entregar ao Ibama, não será punido. "De qualquer maneira, quem ver um comércio desses, deve denunciar para o Ibama ou para a Polícia Ambiental", alerta Raquel no Ano Internacional da Biodiversidade. As Nações Unidas declararam 2010 como o ano dessa riqueza natural insubstituível para alertar sobre a perda da biodiversidade.
Conheça os biomas - conjunto de vida (animal e vegetal) constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças - brasileiros e suas principais ameaças segundo dados do IBGE e da Mariana Napolitano e Ferreira, analista do Programa de Áreas Protegidas e Apoio ao Arpa da ONG WWF-Brasil:
Amazônia: ocupa 49,29% do território nacional. As principais ameaças são o desmatamento para a agricultura, pecuária e infraestrutura como aberturas de estrada, hidrelétricas e centros urbanos.
Cerrado: 23,92% do território brasileiro. A agricultura, principalmente monocultura, como plantio de soja e algodão ameaçam a região. A construção de infraestrutura, o crescimento populacional e a produção de carvão também.
Mata Atlântica: 13,04% do Brasil. Ela já foi desmatada e algumas áreas estão sendo recuperadas. No entanto, o crescimento urbano, a poluição, as indústrias e as pequenas agriculturas ameaçam o local.
Caatinga: 9,92% do território brasileiro. O desmatamento, principalmente associado à pecuária, é o maior risco para a região.
Pampa: 2,07% do Brasil. A agricultura, como de soja, deixa a região em estado de alerta. Foi o primeira bioma explorado pela monocultura.

Créditos: http://scienceblogs.com.br/xisxis/

A barra de progresso de download é uma ilusão





Olhar uma barra de progresso avançando lentamente não é um dos momentos mais emocionantes ao mexer em um computador, mas já inclui uma ilusão de percepção. Um estudo de Chris Harrison, Zhiquan Yeo e Scott Hudson, da Universidade de Carnegie Mellon, mostra que barras de progresso animadas, que hoje são onipresentes em sistemas operacionais, aparentam ser até 11% mais rápidas do que realmente são.
No vídeo acima, cortesia da New Scientist, todas as barras com animações variadas avançam com a mesma velocidade, mas é possível perceber que algumas parecem andar mais rápido que outras. Posteriormente vemos como uma barra em que a variação de cor se torna mais rápida à medida que a barra se aproxima do final parece acelerar – quando a velocidade é, em verdade constante. Finalmente, vemos como uma animação com “ondas” movendo-se na mesma direção do progresso da barra parece fazê-la andar mais devagar. Ondas no sentido contrário, ao invés, aceleram a percepção de avanço.
Tudo ilusão, e uma baseada em estudos anteriores que já haviam mostrados como estímulos rítmicos – como ondas piscando – podem alterar a percepção de tempo, e também como nossa percepção de movimento depende do contexto. O primeiro efeito explicaria a ilusão de movimento acelerado com piscadas gradualmente acelerando, o segundo responderia pela aceleração aparente à medida em que as ondas viajam no sentido contrário parecem destacar o movimento da barra de progresso.

056 

Fãs de produtos Apple ficarão animados com o fato de que barras de progresso com animações similares alcançaram os computadores da empresa de Steve Jobs já há mais de uma década, mas usuários Windows vêm apreciando barras de progresso mais animadas em versões recentes do sistema. Tais melhorias visuais não parecem ter levado em conta tais efeitos de percepção: as animações foram originalmente inseridas provavelmente como um simples indicador de que o sistema não travou e então também como atrativos visuais.
ProgressBar-Highlight
Curiosamente, talvez por isso mesmo nenhum desses sistemas aplica as ilusões da forma mais efetiva indicada agora pelo trabalho de Harrison. A direção em que as “ondas” de movimento na barra viajam deveria ser invertida, e as mudanças pulsantes de cor poderiam, ao invés de ser constantes, acelerar à medida em que a tarefa chegasse perto do fim.
São apenas ilusões de progresso: a velocidade das barras continuará exatamente a mesma, mas este é um caso em que o usuário poderá gostar de ser enganado, vendo o tempo passar mais rápido.

Só torçamos para que operadores de telemarketing não passem a explorar também ilusões auditivas. [via Gizmodo BR]



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Harrison, C., Yeo, Z., and Hudson, S. E. 2010. Faster Progress Bars: Manipulating Perceived Duration with Visual Augmentations. In Proceedings of the 28th Annual SIGCHI Conference on Human Factors in Computing Systems (Atlanta, Georgia, April 10 - 15, 2010). CHI '10. ACM, New York, NY. (22% acceptance rate, Best Paper Nomination)

Coca-cola

Não é intenção deste post discutir o que eu penso do consumo absurdo de coca-cola, nem dos milhões de latas e garrafas plásticas que vão parar só Deus sabe onde após o consumo, nem dos projetos de sustentabilidade da empresa, nem nada disso. Este post tem uma intenção. Dizer o quanto esses caras são bons de marketing.

Este é um dos vídeos:


Este é o outro, que eu só achei em espanhol, mas dá pra entender tudinho.

E aqui vai a letra da música que é cantada e a sua tradução:

Whatever
Oasis
I'm free to be whatever I
Whatever I choose
And I'll sing the blues if I want
I'm free to say whatever I
Whatever I like
If it's wrong or right it's alright
Always seems to me
You only see what people want you to see
How long's it gonna be
Before we get on the bus
And cause no fuss
Get a grip on yourself
It don't cost much
Free to be whatever you
Whatever you say
If it comes my way it's alright
You're free to be wherever you
Wherever you please
You can shoot the breeze if you want
It always seems to me
You only see what people want you to see
How long's it gonna be
Before we get on the bus
And cause no fuss
Get a grip on yourself
It don't cost much
I'm free to be whatever I
Whatever I choose
And I'll sing the blues if I want
Here in my mind
You know you might find
Something that you
You thought you once knew
But now it's all gone
And you know it's no fun
Yeah I know it's no fun
Oh, I know it's no fun
I'm free to be whatever I
Whatever I choose
And I'll sing the blues if I want
I'm free to be whatever I
Whatever I choose
And I'll sing the blues if I want
Whatever you do
Whatever you say
Yeah I know it's alright
Whatever you do
Whatever you say
Yeah I know it's alright.


Tudo Que
Oasis
Eu sou livre para ser tudo que eu
Tudo que eu escolho
E eu cantarei o Blues se quiser
Eu sou livre para dizer tudo que eu
Tudo que eu gosto
Se está errado ou certo está tudo bem
Sempre me parece
Você só vê o que pessoas querem que você veja
Quanto tempo vai ser assim
Antes de subir no ônibus
E sem causar confusão
Domine a si mesmo
Isso não custa muito
Livre para ser tudo que você
Tudo que você diria
Se trata do meu jeito certo
Você é livre para estar onde quer que você
Onde quer que você queira
Você pode atirar no ar se você quiser
Sempre me parece
Você só vê o que pessoas querem que você veja
Quanto tempo vai ser assim
Antes de subir no ônibus
E sem causar confusão
Domine a si mesmo
Isso não custa muito
Eu sou livre para ser tudo que eu
Tudo que eu escolho
E eu cantarei o Blues se quiser
Aqui na minha mente
Você sabe que pode encontrar
Algo que você
Você pensou que conhecia
Mas agora tudo desapareceu
E você sabe que isso não é divertido
Yeah, Eu sei que isso não é divertido
Oh, Eu sei que isso não é divertido
Eu sou livre para ser tudo que eu
Tudo que eu escolho
E eu cantarei o Blues se quiser
Eu sou livre para ser tudo que eu
Tudo que eu escolho
E eu cantarei o Blues se quiser
Faça o que quiser
Diga o que quiser
Yeah, Eu sei que isso é certo
Faça o que quiser
Diga o que quiser
Yeah, Eu sei que isso é certo

Créditos: http://scienceblogs.com.br/rastrodecarbono/

15 de abril de 2011

Novo Código Florestal e Políticos

Governo já tem posição sobre Código Florestal Líder do PT na Câmara diz que há consenso


O líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP), contradisse o ministro Luiz Sérgio (Relações Institucionais) e afirmou que o governo fechou posição em relação à redação do novo Código Florestal em reunião realizada ontem.



Escalado para falar com a imprensa a respeito da reunião, Luiz Sérgio disse que embates sobre pontos polêmicos do código persistiam, mas que o governo estava "progredindo" na discussão.

O ministro, traçando um cenário cauteloso, disse que o governo esperava colocar o código em votação "neste semestre". Antes, declarações de governistas indicavam uma votação ainda em abril. 

"Eu diria que nós estamos construindo uma proposta que é consensual no governo", disse, após a reunião, da qual participaram o vice-presidente, Michel Temer, e os ministros Antonio Palocci (Casa Civil), Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e Wagner Rossi (Agricultura).

Duas horas depois, contudo, Paulo Teixeira convocou a imprensa para afirmar que o governo havia chegado a uma posição final acerca do novo Código Florestal a partir da reunião de horas antes, da qual ele não participou.

Mais que isso, disse que o governo enviará já na semana que vem ao Congresso "sugestões" de alterações no texto do relator Aldo Rebelo.

"A posição do governo já está definida e será levada ao Congresso na semana que vem", disse o líder do PT, sem deixar claro se essa suposta definição representava um consenso no governo.

Créditos: Folha.com

Pesquisa: Linguagem humana teria origem na África

Neozelandês mostrou que, fora do continente, diversidade de fonemas vai ficando mais baixa. 
Padrão casa de forma quase perfeita com o que a genética mostra sobre as origens da humanidade moderna 

O continente africano, além de berço da espécie humana, também teria sido o local em que um idioma de verdade, com gramática e vocabulário complexos, foi falado pela primeira vez na história.

A ideia está sendo defendida em um novo estudo, que analisou mais de 500 línguas de todas as partes do mundo em busca do caminho que a "invenção" da linguagem teria seguido planeta afora.

Segundo o trabalho, publicado nesta semana na revista americana "Science", a variedade de fonemas ""a menor unidade sonora, que permite a diferenciação entre as palavras"" altera-se conforme a localização geográfica.

A maior quantidade de fonemas se concentra no seria o "marco zero" das línguas, o centro-sul da África. 
Conforme os idiomas vão se afastando dessa aparente fonte comum, eles vão ficando empobrecidos em fonemas -com menos tipos de vogais, consoantes e tons (variantes "musicais" das sílabas, comuns em línguas como o chinês, por exemplo).

COISA VIVA 

O autor da pesquisa, Quentin Atkinson, da Universidade de Auckland (Nova Zelândia), aparentemente está construindo a carreira com base na ideia de que línguas podem funcionar de forma idêntica a coisas vivas.
Na década passada, ele usou métodos normalmente utilizados para estudar o parentesco evolutivo entre seres vivos para propor uma data para a origem das línguas indo-europeias ""basicamente quase todas as línguas da Europa mais as de regiões como Índia, Paquistão e Irã. 

Nesse estudo, ele estimou que esse tronco de línguas "brotou" pela primeira vez há 9.000 anos. Isso poderia ligá-las à expansão de agricultores da atual Turquia rumo à Europa, substituindo os antigos habitantes da região.

"É muito interessante, entre outras coisas porque muitos linguistas históricos aqui no Brasil, que estudam línguas indígenas, ainda não aplicam essas ideias à expansão de povos no passado", diz o geneticista Fabrício Rodrigues dos Santos, da UFMG. 

Segundo Atkinson, uma coisa já sabida é que, quanto maior a população que fala uma língua, maior o número de fonemas de dita cuja. Mas isso não significa que o chinês seja automaticamente a língua mais rica em fonemas do planeta. Faz muita diferença também o tempo que uma população grande fala certo idioma -e nesse quesito a África parece ser imbatível, já que seres humanos modernos habitam o continente há bem mais tempo.

O padrão, além do mais, bate com o da genética -os africanos também são geneticamente mais diversificados que o resto da humanidade. "E, de fato, eles possuem fonemas como os que envolvem cliques [estalos], aparentemente únicos", diz Santos.

Atkinson usa os dados para propor um único "eureca" linguístico há uns 70 mil anos na África, que teria, inclusive, uma associação com os primeiros indícios de arte e adornos corporais, também datados dessa época.

Segundo essa visão, a linguagem complexa teria sido uma das ferramentas centrais para que a humanidade moderna avançassem pelos continentes e acabasse suplantando, de algum modo, hominídeos como os neandertais da atual Europa. 

Pesquisa: Ceplac usa fungo contra a vassoura

Pesquisadores da Ceplac desenvolveram um novo método para combater a Vassoura-de-bruxa, doença que se instalou nas fazendas do sul da Bahia no final da década de 80.

O método é um controle biológico que utiliza um tipo de fungo, que acaba com o causador da vassoura-de-bruxa. Para ajudar na multiplicação do fungo antagônico à doença, os pesquisadores usaram arroz como substrato.

O produto passa por vários processos em laboratório até ficar com aparência de mofo. O fungicida ainda é usado apenas em experimentos. Foram oito anos de estudos que resultaram na elaboração de um dossiê para o registro do produto.

A expectativa é de que ele esteja ao alcance dos produtores o mais rápido possível. O Ibama já concluiu o parecer do biofungicida, mas faltam as análises do Ministério da Agricultura e da Anvisa.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária diz que pediu mais informações para a Ceplac. O Ministério da Agricultura afirma que não há prazo para concluir o processo.

O engenheiro agrônomo João de Cássia do Bomfim, que está coordenando as pesquisas, está bastante otimista. "O resultado é lento, mas eficaz".

A aplicação nas vassouras-de-bruxa deixadas sobre as folhagens numa fazenda de Uruçuca reduziu a produção de cogumelos em torno de 90%, o que é considerado importante para diminuir a disseminação da doença na lavoura.

Fonte.: http://www.uol.com.br/aregiao/