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30 de setembro de 2010

Imprima sua cola para votação de domingo


No dia 3 de outubro de 2010, mais de 134 milhões de eleitores vão às urnas eleger seu presidente e vice, governadores e vices, senadores e deputados federais, estaduais e distritais. O segundo turno, se houver, ocorrerá no dia 31 de outubro.

Consulte aqui a situação do seu título de eleitor e o seu local de votação.

Imprima aqui a sua cola para a votação




COMO VOTAR

Usando o teclado da urna, que é similar ao do telefone, digite o número do candidato de sua preferência.
Na tela, aparecerão a foto, o número, o nome e a sigla do partido do candidato.
Se as informações estiverem corretas, aperte a tecla verde "CONFIRMA".
A cada voto confirmado, a urna emitirá um rápido sinal sonoro.
Após o registro do voto, a urna emitirá um sinal sonoro mais intenso e prolongado e aparecerá na tela a palavra FIM.
A ordem de votação começa com deputado estadual ou distrital, seguido por deputado federal, senador - 1ª vaga, senador - 2ª vaga, governador e presidente.
COMO CORRIGIR O VOTO
Se não aparecerem na tela todas as informações sobre o candidato escolhido, aperte a tecla laranja CORRIGE e repita o procedimento anterior.
COMO VOTAR NO PARTIDO (voto de legenda)
Caso você queira votar na legenda, digite o número do partido, que corresponde aos dois primeiros algarismos do número do candidato e confirme o seu voto apertando a tecla verde CONFIRMA.
O voto na legenda só será possível em relação aos cargos de deputado federal e deputado estadual/distrital.
COMO VOTAR EM BRANCO
Para votar em branco, aperte a tecla BRANCO.
Confirme o seu voto apertando a tecla verde CONFIRMA.

Cuidado! Seu voto poderá ser nulo se você digitar um número de candidato ou de partido inexistentes e depois apertar a tecla verde CONFIRMA.

Fonte.: Folha.com

O que Lula faria se Ali Kamel manipulasse o debate


Briga de gente grande!!



...
Um dos momentos mais trevosos da televisão brasileira tornou-se um exemplo mundial de como a televisão pode manipular uma eleição.

Trata-se da edição do jornal nacional na véspera da eleição do segundo turno com o debate entre Collor e Lula.

Roberto Marinho mandou editar tudo o que Collor fez de bom e tudo o que Lula fez de mau. 

A seguir, entrou um editorial lido por Alexandre Maluf Garcia que associava a vitória de Collor aos mais elevados princípios da Democracia.

Livros de jornalismo pelas faculdades do mundo a fora tratam desse episódio com espanto e horror.

Vamos supor que esta seja uma das últimas balas de prata do Serra e do Ali Kamel.

Ou, o que dá no mesmo, do Ali Kamel e do Serra.

Ali Kamel, o mais poderoso e obstinado jornalista que a Rede Globo já teve, é especialista em levar eleições para o segundo turno.

Uma edição do jornal nacional que ignorou a tragédia da Gol levou para o segundo turno a eleição de 2006.

Clique aqui para ler: “O primeiro Golpe já houve, falta o segundo”.

O Conversa Afiada tem dito que o importante não é o debate mas, a edição do debate.

Vamos supor que a Globo resolva reeditar amanhã o debate entre Collor e Lula: tudo de bom do Serra e tudo de mau da Dilma.

Trata-se de uma suposição.

O que o Lula poderia fazer ?

O Lula poderia convocar uma rede de rádio e televisão na sexta à noite e no sábado e desmascarar o Kamel e a Globo.

Ao contrário de 89, na eleição de Lula e Collor, hoje tem Internet.

Hoje tem blog sujo.

Hoje tem Twitter.

E o debate, numa versão fidedigna, com uma edição equilibrada, estará no ar poucos minutos depois de encerrar-se e nessa entrada em rede nacional o Lula poderia exibir o debate de uma forma levemente diferente daquela que a Globo exibisse.

Este Conversa Afiada gostaria muito que isso acontecesse.

Este final melancólico de campanha permitiu que se afundassem nas límpidas águas do Tietê, uns enrolados nas tripas dos outros, como sugeria Voltaire, Serra, Dantas e Gilmar.

Se a Globo ousar fazer da edição do debate um novo exemplo de manipulação o Lula, por suposição, poderia enrolar as tripas do Ali Kamel nas tripas dos filhos do Roberto Marinho e jogar nas águas limpas do Rio  
Pinheiros.

Seria o glorioso funeral de um Brasil morto e provisoriamente insepulto.



Créditos: Paulo Henrique Amorim

20 de setembro de 2010

Comparação com o tamanho dos planetas e estrelas

Veja nossa "insignificânsia".
 

Biólogos avaliam pontos fracos no DNA de parasitas

Trypanosoma
 
Biólogos brasileiros estão buscando no DNA o calcanhar-de-aquiles de parasitas como o Trypanosoma, causador do mal de Chagas, e o Leishmania, responsável pela leishmaniose. A ideia é achar formas de impedir que os micróbios consertem seus genes danificados, matando-os. Carlos Renato Machado, da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) estuda como os raios gama -que quebram DNA, desorganizam células e atrapalham a recombinação de proteínas -afeta o Trypanosoma. 

Leishmania
A recombinação de proteínas é vital nesse parasita. Isso porque o Trypanosoma se protege do sistema de defesa do organismo com uma espécie de "capa" de proteínas. Quando essa proteção é flagrada, o parasita produz uma nova proteína na sua capa. "É preciso entender essa recombinação de proteína", afirma Machado.

O estudo dos efeitos da radiação nesses parasitas, no entanto, não significa que o tratamento possa vir de radioterapia. Isso já foi tentado, sem sucesso, nos EUA. "Esses parasitas são muito mais resistentes que os seres humanos à radiação. O importante, aqui, é ver como o DNA pode ser lesionado e como se dá a reconstrução", explica Machado.
Fonte.: FolhaOnline

Campanha de slogan

...é cada figura!!  rsrs


Fonte.: http://presidente40.folha.blog.uol.com.br/

18 de setembro de 2010

O fim um ciclo em que a velha mídia foi soberana

Leia com atenção!!
 
Dia após dia, episódio após episódio, vem se confirmando o cenário que traçamos aqui desde meados do ano passado: o suicídio do PSDB apostando as fichas em José Serra; a reestruturação partidária pós-eleições; o novo papel de Aécio Neves no cenário político; o pacto espúrio de Serra com a velha mídia, destruindo a oposição e a reputação dos jornais; os riscos para a liberdade de opinião, caso ele fosse eleito; a perda gradativa de influência da velha mídia.
O provável anúncio da saída de Aécio Neves  marca oficialmente o fim do PSDB e da aliança com a velha mídia carioca-paulista que lhe forneceu a hegemonia política de 1994 a 2002 e a hegemonia sobre a oposição no período posterior.
Daqui para frente, o outrora glorioso PSDB, que em outros tempos encarnou a esperança de racionalidade administrativa, de não-sectarismo, será reduzido a uma reedição do velho PRP (Partido Republicano Paulista), encastelado em São Paulo e comandado por um político – Geraldo Alckmin – sem expressão nacional.

Fim de um período odioso

Restarão os ecos da mais odiosa campanha política da moderna história brasileira – um processo que se iniciou cinco anos atrás, com o uso intensivo da injúria, o exercício recorrente do assassinato de reputações, conseguindo suplantar em baixaria e falta de escrúpulos até a campanha de Fernando Collor em 1989.
As quarenta capas de Veja – culminando com a que aparece chutando o presidente – entrarão para a história do anti-jornalismo nacional. Os ataques de parajornalistas a jornalistas, patrocinados por Serra e admitidos por Roberto Civita, marcarão a categoria por décadas, como símbolo do período mais abjeto de uma história que começa gloriosa, com a campanha das diretas, e se encerra melancólica, exibindo um  esgoto a céu aberto.
Levará anos para que o rancor seja extirpado da comunidade dos jornalistas, diluindo o envenenamento geral que tomou conta da classe.
A verdadeira história desse desastre ainda levará algum tempo para ser contada, o pacto com diretores da velha mídia, a noite de São Bartolomeu, para afastar os dissidentes, os assassinatos de reputação de jornalistas e políticos, adversários e até aliados, bancados diretamente por Serra, a tentativa de criar dossiês contra Aécio, da mesma maneira que utilizou contra Roseana, Tasso e Paulo Renato.

O general que traiu seu exército

Do cenário político desaparecerá também o DEM, com seus militantes distribuindo-se pelo PMDB e pelo PV.
Encerra-se a carreira de Freire, Jungman, Itagiba, Guerra, Álvaro Dias, Virgilio, Heráclito, Bornhausen, do meu amigo Vellozo Lucas, de Márcio Fortes e tantos outros que apostaram suas fichas em uma liderança destrambelhada e egocêntrica, atuando à sombra das conspirações subterrâneas.
Em todo esse período, Serra pensou apenas nele. Sua campanha foi montada para blindá-lo e à família das informações que virão à tona com o livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr e da exposição de suas ligações com Daniel Dantas.
Todos os dias, obsessivamente, preocupou-se em vitimizar a filha e a ele, para que qualquer investigação futura sobre seus negócios possa ser rebatida com o argumento de perseguição política.
A interrupção da entrevista à CNT expôs de maneira didática essa estratégia que vinha sendo cantada há tempos aqui, para explicar uma campanha eleitoral sem pé nem cabeça. Seu argumento para Márcia Peltier foi: ocorreu um desrespeito aos direitos individuais da minha filha; o resto é desculpa para esconder o crime principal.
Para salvar a pele, não vacilou em destruir a oposição, em tentar destruir a estabilidade política, em liquidar com a carreira de seus seguidores mais fiéis.
Mesmo depois que todas as pesquisas qualitativas falavam na perda de votos com o denuncismo exacerbado, mesmo com o clima político tornando-se irrespirável, prosseguiu nessa aventura insana, afundando os aliados a cada nova pesquisa e a cada nova denúncia.
Com isso, expôs de tal maneira a filha, que não será mais possível varrer suas estripulias para debaixo do tapete.

A marcha da história

Os episódios dos últimos dias me lembram a lavagem das escadarias do Senhor do Bonfim. Dejetos, lixo, figuras soturnas, almas penadas, todos sendo varridos pela água abundante e revitalizadora da marcha da história.
Dia após dia, mês após mês, quem tem sensibilidade analítica percebia movimentos tectônicos irresistíveis da história.
Primeiro, o desabrochar de uma nova sociedade de consumo de massas, a ascensão dos novos brasileiros ao mercado de consumo e ao mercado político, o Bolsa Família com seu cartão eletrônico, libertando os eleitores dos currais controlados por coronéis regionais.
Depois, a construção gradativa de uma nova sociedade civil, organizando-se em torno de conselhos municipais, estaduais, ONGs, pontos de cultura, associações, sindicatos, conselhos de secretários, pela periferia e pela Internet, sepultando o velho modelo autárquico de governar sem conversar.
Mesmo debaixo do tiroteio cerrado, a nova opinião pública florescia através da blogosfera.
Foi de extremo simbolismo o episódio com o deputado do interior do Rio Grande do Sul, integrante do baixo clero, que resolveu enfrentar a poderosa Rede Globo.
Durante dias, jornalistas vociferantes investiram contra UM deputado inexpressivo, para puni-lo pelo atrevimento de enfrentar os deuses do Olimpo. Matérias no Jornal Nacional, reportagens em O Globo, ataques pela CBN, parecia o exército dos Estados Unidos se valendo das mais poderosas armas de destruição contra um pequeno povoado perdido.
E o gauchão, dando de ombros: meus eleitores não ligam para essa imprensa. Nem me lembro do seu nome. Mas seu desprezo pela força da velha mídia

Os novos tempos

A Rede Record ganhou musculatura, a Bandeirantes nunca teve alinhamento automático com a Globo, a ex-Manchete parece querer erguer-se da irrelevância.
De jornal nacional, com tiragem e influência distribuídas por todos os estados, a Folha foi se tornando mais e mais um jornal paulista, assim como o Estadão. A influência da velha mídia se viu reduzida à rede Globo e à CBN. A Abril se debate, faz das tripas coração para esconder a queda de tiragem da Veja.
A blogosfera foi se organizando de maneira espontânea, para enfrentar a barreira de desinformação, fazendo o contraponto à velha mídia não apenas entre leitores bem informados como também junto à imprensa fora do eixo Rio-São Paulo. O fim do controle das verbas publicitárias pela grande mídia, gradativamente passou a revitalizar a mídia do interior. Em temas nacionais, deixou de existir seu alinhamento automático com a velha mídia.
Em breve, mudanças na Lei Geral das Comunicações abrirão espaço para novos grupos entrarem, impondo finalmente a modernização e o arejamento ao derradeiro setor anacrônico de um país que clama pela modernização.

As ameaças à liberdade de opinião

Dia desses, me perguntaram no Twitter qual a probabilidade da imprensa ser calada pelo próximo governo. Disse que era de 25% - o percentual de votos de Serra. Espero, agora, que caia abaixo dos 20% e que seja ultrapassado pela umidade relativa do ar, para que um vento refrescante e revitalizador venha aliviar a política brasileira e o clima de São Paulo.

Créditos: Luiz Nassif

Micróbios "humanos" afetam Arquipélago de Abrolhos na Bahia


Os recifes de coral do arquipélago dos Abrolhos, que vai do norte do Espírito Santo ao sul da Bahia, estão contaminados por bactérias que podem ter relação com a atividade humana.

A análise é do oceanógrafo Fabiano Thompson, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), que apresentou os dados durante o 56º Congresso Brasileiro de Genética, no Guarujá (litoral de SP).

De acordo com Thompson, os recifes de Abrolhos tiveram uma perda maciça do coral Mussismilia braziliensis, o principal coral construtor dos recifes dessa região da costa do Brasil. "Em cem anos essa espécie estará extinta lá", diz o oceanógrafo.
mar.2006/Marcello Lourenço
Vista aérea do Parque Nacional Marinho de Abrolhos, onde é possível avistar baleias, tartarugas, aves e outros animais marinhos
Vista aérea do Parque Nacional Marinho de Abrolhos, onde é possível avistar baleias, tartarugas, aves e outros animais marinhos

BATELADA

Os pesquisadores coletaram material da região e fizeram um metagenoma (uma espécie de análise coletiva de DNA, buscando genes de vários organismos) da água, dos recifes e das buracas, áreas com 50 m de diâmetro, que ficam a cerca de 80 m de profundidade.

As buracas são típicas de Abrolhos e reúnem grande quantidade de nutrientes e, portanto, muitos peixes.

Na análise, os cientistas notaram que há um aumento de algas nos recifes, o que leva a um crescimento de bactérias causadoras de doenças que têm reprodução rápida.

O resultado, para Thompson, é preocupante, já que a região concentra recifes importantes, de cerca de 10 mil anos, e uma rica vida marinha, que vai de pequenos peixes a baleias.

BRANCO PÁLIDO

Os pesquisadores notaram ainda a presença de corais considerados "doentes" nos recifes. É fácil notá-los, pois ficam esbranquiçados, com aspecto bem diferente do dos corais sadios.

Até recentemente, os biólogos marinhos achavam que o branqueamento era uma resposta fisiológica dos corais ao aquecimento da água. Mas, em 1995, cientistas mostraram que o Vibrio coralliilyticus é uma bactéria que causa a cor esbranquiçada por necrosamento (morte dos tecidos dos corais).

Nos corais esbranquiçados de Abrolhos há um predomínio de Bacterioidetes -- bactérias comuns em humanos. "O aumento delas nos leva a crer que existe contaminação orgânica e contaminação fecal", diz.

"Isso significa impacto humano. Estamos tentando provar essa hipótese", completa ele. Uma das atividades humanas proibidas na região é a pesca. De acordo com o oceanógrafo, há pouco controle sobre os impactos negativos no ambiente da área.

Para Thompson, esse é o primeiro resultado significativo que ajuda a dar um panorama da saúde de Abrolhos. "Agora queremos entender melhor as bactérias encontradas", explica.

Além de Abrolhos, os pesquisadores também estão analisando a biodiversidade marinha em outras ilhas: os arquipélagos de São Pedro e São Paulo, a cerca de 900 km do Rio Grande do Norte, e Trindade e Martim Vaz, a 1.200 km de Vitória. 

Fonte.: FolhaOnline

12 de setembro de 2010

Charges: O homem legenda ataca novamente

Política



Se não fosse o youtube

 Coisa que só vemos graças ao youtube, rs
 
Isso que é filme de ação!! Coitado do Rambo, kkkkkk



E esse outro, o hit instantâneo. Que letra é difícilllllllll
Quem lembra das aulas de inglês instrumental na Universidade?? é isso ai... rsrs



Letra (uma parte que quase o todo)

Jesus is a friend of mine.
Jesus is my friend.
Jesus is a friend of mine.
I have a friend in Jesus.
Jesus is a friend of mine.
Jesus is my friend.
Jesus is a friend of mine.



Vi no: charges.uol.com.br

10 de setembro de 2010

Mosquito com alta imunidade vence parasita da malária


Resposta imune dos insetos foi estimulada pelos cientistas; eficiência foi de 100%

Créditos: FolhaOnline

Imagine erradicar uma doença transmitida por mosquitos fazendo com que eles desenvolvam imunidade capaz de destruí-la antes que a moléstia chegue às pessoas. Nesse sentido caminham os estudos de pesquisadores dos EUA, Índia e do Brasil. Eles estão analisando a resposta imune do mosquito Anopheles gambiae ao parasita que causa a malária -o Plasmodium. O Anopheles é o principal mosquito vetor da malária na África, onde está a maioria dos cerca de um milhão de infectados no mundo.
"Os Anopheles apresentam uma resposta imune natural ao Plasmodium, mas alguns parasitas conseguem completar o ciclo", explica o biólogo Fábio Brayner, que fez a pesquisa com Luiz Carlos Alves - ambos do CPqAM (Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães). O trabalho rendeu um artigo, publicado na revista "Science".

Os pesquisadores potencializaram a resposta imune dos mosquitos vetores da malária por meio de transferência da hemolinfa (equivalente ao sangue) de mosquitos infectados para sadios. A transfusão foi feita por micromanipulação. "Conseguimos inocular o volume de hemolinfa desejado em mosquitos sadios. Depois, esses receptores foram infectados pelo Plasmodium", explica Luiz Alves, do CPqAM. 

O resultado foi que, com o passar do tempo, 100% dos mosquitos estimulados responderam eficientemente. Mas ainda é cedo para se falar em erradicação da malária. "São necessários estudos moleculares para identificar os elementos envolvidos na destruição do Plasmodium", finaliza Brayner.

9 de setembro de 2010

Deterioração dos alimentos

BBC

DIABETES

Exercícios reduzem a instabilidade nos índices de glicemia


A prática de atividade física, a longo prazo, é capaz de tornar mais estáveis os índices de glicemia de uma pessoa com diabetes tipo 1 ou 2. "Quanto pior o condicionamento físico do diabético, maior a chance de ele ter hipo ou hiperglicemia", disse o fisiologista Levimar Araújo, durante apresentação no 29º Congresso Brasileiro de Endocrinologia e Metabologia, nesta semana, em Gramado. Durante a atividade, o monitoramento dos índices glicêmicos, no entanto, deve ser constante, principalmente se a pessoa não estiver habituada com exercícios físicos. 

"Pelo alto gasto energético, pode haver queda brusca na glicemia e a pessoa precisará tomar insulina durante a atividade", disse Araújo, que dá aula de fisiologia na Universidade Federal de Minas Gerais. Os exercícios com maior perda energética, segundo ele, são os que merecem mais cuidado. Mas, com o tempo, os índices ficam mais estáveis. Por isso, mesmo a atividade aeróbica é indicada.

Fonte.: FolhaOnline

Eu já sabia: Internet Up

CRESCE ACESSO DE MAIS VELHOS À INTERNET


Em 2009, 6,2 milhões de pessoas, o equivalente a 15,2% da população brasileira a partir de 50 anos, acessou a internet -o que corresponde a um acréscimo de 148,3% desde 2004. A Pnad atribui esse crescimento às demandas do mercado de trabalho.

Fonte.: Folhaonline

IBGE: Elas vão dominar o mundo

Em Santa Catarina há 122 homens para 100 mulheres; Brasília lidera as unidades em que solteiras são maioria 

Na média do país, a cada grupo de 100 solteiras existem 105 homens com o mesmo estado civil, indica instituto (IBGE)

O discurso de que "faltam homens solteiros" não tem apoio estatístico. Levantamento inédito do IBGE mostra onde existem solteiros sobrando: em 21 unidades da Federação as mulheres têm mais possibilidade de escolha do que os homens. A pesquisa foi feita a partir do Estado civil dos brasileiros e não inclui na lista dos casados quem mora junto, mas não se casou no papel. Santa Catarina tem a maior sobra de homens solteiros. Para cada 100 mulheres solteiras existem 122 homens na mesma condição. Segundo Maria Lucia Vieira, gerente da pesquisa, uma das explicações é o fato de o Sul ter taxas de fecundidade mais baixas: "Como geralmente nascem mais homens do que mulheres, a diferença se torna mais evidente".

Os Estados que aparecem a seguir no "ranking" são Tocantins, Mato Grosso e Espírito Santo. Na média do país, para cada grupo de 100 mulheres solteiras existem 105 homens com o mesmo estado civil. Em todo o país, os solteiros somam 62,285 milhões: 31,940 milhões são homens e 30,345 são mulheres. Em São Paulo (7º colocado nesse ranking) há 108 solteiros para cada 100 solteiras. O Distrito Federal é destaque na contramão dessa tendência. Para cada 100 solteiras faltam mais de 9 homens disponíveis. Integram o grupo Piauí, Pernambuco, Roraima, Ceará e Rio de Janeiro.

No Rio há 99,55 homens para cada 100 solteiras. Para Vieira, o Rio sofre com o envelhecimento da população e com a violência, que leva à morte precoce de parte da população masculina. O presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes, diz que o país tem arranjos familiares múltiplos. "Residências de três quartos estão ocupadas por apenas uma ou duas pessoas. Há muitas pessoas que vivem sós, mas também arranjos conjugais que mais tarde se tornam casamentos registrados", disse.

Segundo a Pnad, 34,6% dos domicílios contam com dois moradores ou com um único morador. Os casados representam 45,8% da população de 15 anos ou mais, e os solteiros, 42,8% desse grupo.

Fonte.: Folhaonline

6 de setembro de 2010

Na África: Formigas X Elefantes





Às vezes, até uma formiga é capaz de vencer um elefante. Não se trata de mais um refrão de autoajuda: é justamente isso que acontece quando certas espécies desses insetos vivem em acácias. Pesquisadores notaram que elefantes (Loxodonta africana) das savanas da África ao sul do Saara, que devoram folhas e galhos de muitas espécies de árvores, não chegavam perto de um tipo de acácia (conhecida como Acacia drepanolobium). Os cientistas descobriram que quatro espécies de formigas (Crematogaster mimosae, C. nigriceps, C. sjostedti e Tetraponera penzigi) protegem as árvores onde moram dos ataques dos elefantes.
A estratégia é simples: elas entram nas trombas e começam a picar e morder suas partes internas. Ao contrário do couro do elefante, que é muito resistente, a tromba tem muitas terminações nervosas extremamente sensíveis. Isso não acontece com as girafas. Devido à sua superlíngua, esses animais conseguem "varrer" as formigas das folhas para se alimentar.
Aparentemente, os elefantes são os únicos animais vulneráveis aos ataques.



SEM FORMIGAS
 
Os pesquisadores realizaram um experimento de 12 meses e verificaram que, sem formigas, os elefantes voltavam a se alimentar normalmente dessas acácias. A densidade de árvores e a quantidade de elefantes está diretamente relacionada na África. Quando as populações dos animais aumentam, a quantidade de árvores diminui --o que significa redução de absorção de CO2.  "A cobertura das árvores regula o ecossistema como um todo, incluindo a absorção de carbono e a dinâmica da alimentação dos bichos", diz Todd Palmer, da Universidade da Califórnia, um dos autores do estudo. Por isso, os pesquisadores estão avaliando a possibilidade de usar as formigas como barreiras naturais para proteção das árvores.
O estudo foi publicado na revista "Current Biology".


Fonte.: FolhaOnline

Bióloga descobre cavalo com tromba que viveu no Brasil

Estrutura permitia que ele, em vez de comer grama como os cavalos atuais, devorasse ramos de arbustos

Causas da extinção de grandes animais como o "Hippidion principale", há mais de 10 mil anos, ainda não estão claras 


Ilustração mostra a espécie se alimentando em arbusto, com pequena tromba saindo da sua face; ao contrário dos cavalos atuais, sua alimentação não era só de grama


O termo preferido pelos biólogos, um tanto hermético, é "probóscide vestibular". Em português mais castiço: uma tromba modesta. O que, em se tratando de um cavalo, é bastante esquisito. Esquisito, mas real, indica a análise de uma bióloga da Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro). A explicação para traços misteriosos do crânio do Hippidion principale, que viveu no Brasil na Era do Gelo, é ele ter tido uma "trombinha". "Nos sítios paleontológicos, muitas vezes o Hippidion aparece com o Equus neogeus, semelhante ao cavalo atual", diz Camila Bernardes. "Se animais com parentesco muito próximo habitam o mesmo local, é porque há diferenças entre eles que minimizam a competição." A maior pista veio do osso nasal do crânio do bicho, que é projetado para a frente. "Pelo crânio, parece um unicórnio", brinca a bióloga.
O lugar onde se encaixam o osso nasal e o osso maxilar do bicho é recuado perto do que se vê nos cavalos de hoje, e a região é cheia de depressões, as chamadas fossas. É possível saber, analisando calombos e depressões na estrutura óssea, como eram os músculos de um animal.

Assim, Bernardes concluiu que os músculos responsáveis por erguer o lábio superior do Hippidion eram bem mais potentes, e capazes de repuxar o beiço do bicho por uma extensão maior, do que os dos equinos atuais.
A tromba possivelmente ajudava o animal a ser especialista em agarrar e devorar ramos de pequenos arbustos com o superlábio. Assim, ele não competia tanto com o Equus, um comedor de grama, como os cavalos atuais.
O bicho tinha patas relativamente curtas. Era parrudo, quase um pônei, e habitava savanas bastante secas. Seus fósseis foram encontrados em sítios do Piauí à Bahia, no Nordeste, e em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul, além de Peru, Bolívia e Argentina. A distribuição do Equus neogeus é similar. Todos os cavalos sul-americanos estavam extintos quando a Era do Gelo terminou, há 10 mil anos -os cavalos atuais foram "importados" há poucos séculos. As causas do sumiço são controversas. Para uns, grandes herbívoros foram caçados até a extinção pelos primeiros humanos que chegaram às Américas. Para outros, a culpa foi das mudanças climáticas, que teriam gerado perda de habitat.

Créditos: FolhaOnline

3 de setembro de 2010

Dia do Biólogo - 03 de setembro

Pesquisando na internet, sobre o dia do Biólogo, vi muita coisa... em um dos sites estava escrito "aquele de dá nomes estranhos aos bichos". rsrs Biologia é muito mais... muito mais do que isso meu povo.
 Parabéns a todos!! 
 
Biologia, palavra de origem grega, significa ciência da vida.

No Brasil, a profissão de Biólogo foi regulamentada Lei número 6.684 de 03 de setembro de 1979. Devido a isso instituiu-se o Dia do Biólogo nesta data.

As três áreas da Biologia são: meio ambiente, biotecnologia, saúde. O estudo da vida exige um grau de especialização tão grande, que a Biologia é um das profissões com maior número de profissionais com pós-graduação nos níveis de mestrado, doutorado e pós-doutorado.

São mais de 80 mil biólogos no Brasil atuando em empresas, instituições de pesquisa, fundações e em órgãos públicos, nas mais diversas áreas, tais como: sustentabilidade e biodiversidade dos ecossistemas; gestão ambiental; ecoturismo; gestão de jardins botânicos; zoológicos parques; licenciamento e controle ambiental; monitoramento biológico da qualidade do ar, água e solo; educação ambiental; engenharia genética; análises clínicas; controle de zoonoses; saúde pública; vigilância sanitária etc.

No país, a legislação exige a elaboração de estudos de impacto ambiental para a implementação de certos empreendimentos: a construção de usinas hidrelétricas, a exploração minerária e a implementação de indústrias. A criação de leis para crimes ambientais, aliada a preocupação e a conscientização da população quanto à preservação do meio ambiente, tem resultado num reconhecimento cada vez maior do papel do biólogo na sociedade. Além disso, temas importantes da atualidade, como transgênicos, células-tronco, biotecnologia, biodiversidade, aquecimento global, H1N1 (gripe suína), tem a participação efetiva de Biólogos, o que explica a o aumento da demanda do mercado de trabalho para atuação deste profissional.

Uma das preocupações do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Biologia está exatamente no crescimento desordenado dos curso de ciências biológicas em todo o Brasil. Há dez anos atrás existiam algumas dezenas cursos e atualmente são cerca de 600 em todo o Brasil. A maioria desses novos cursos surgiu principalmente em instituições particulares e muitos desses novos cursos foram abertos em cidades que possuem pouca capacidade para absorção dos profissionais biólogos no mercado de trabalho. Um dos papeis dos Conselhos Regionais de Biologia é garantir a qualidade dos cursos de Ciências Biológicas no país.

Nos trinta e um anos de regulamentação da profissão o desafio do Conselho Federal de Biologia e dos Conselhos Regionais de Biologia está em garantir a formação de profissionais cada vez melhores, éticos e conscientes.

A Biologia atualmente é considerada como a profissão do futuro. Cabe aos biólogos, a busca incessante das respostas as questões biológicas importantes, não apenas no âmbito da categoria, mas, requeridas pela sociedade brasileira.

1 de setembro de 2010

Virulência de Staphylococcus aureus: fatores reguladores

Antibióticos, bactérias, infecções, microrganismos são alguns dos assuntos que mais gosto, como meus leitores já devem ter percebido. Já foram postados vários textos neste blog sobre esta temática. Também já escrevi aqui sobre a bactéria patogênica Staphylococcus aureus, que pode ser extremamente nefasta, principalmente se a infecção por esta não for adequadamente tratada.

S. aureus, como é conhecida, é uma bactéria danada. Ela possui vários mecanismos de virulência, como proteínas que atuam na adesão desta bactéria a superfícies e na invasão de tecidos de hospedeiros, exoproteínas que atuam contra mecanismos de imunidade, além de também possuir toxinas que causam hemólise (destruição dos hemócitos, ou glóbulos vermelhos) e que formam poros em membranas, permitindo o “vazamento” de íons e outras moléculas pequenas de células de hospedeiros. Para que cause infecção, é necessário que os fatores de virulência de S. aureus atuem de forma coordenada, até mesmo de maneira redundante, de tal forma que se um de seus fatores de virulência for afetado, os outros continuarão ativos.


Staphylococcus aureus


Descobriu-se que S. aureus tem um gene regulador de virulência, denominado agr(accessory gene regulator). Até pouco tempo atrás se sabia que a expressão do gene agrera regulada por um sinalizador químico. E se sabia de que tipo era este sinalizador: uma molécula pequena, da classe dos metabolitos secundários. Também se descobriu que, apesar do gene agr ter uma grande importância na regulação da virulência de S. aureus, este gene não é essencial para a expressão da virulência. São conhecidos isolados clínicos (de hospitais) de S. aureus desprovidos do gene agr.

Recentemente, pesquisadores realizaram uma extensa análise do material genético (genoma) de S. aureus, de maneira a verificar a presença de genes reguladores da biossíntese (processo enzimático de várias etapas que é responsável pela formação das moléculas biológicas, como proteínas, açúcares, DNA, RNA, e também de metabolitos secundários) de peptídeos não-ribossômicos exclusivos de S. aureus. Analisando o genoma desta maneira, é possível se detectar a presença de genes que regulam a biossíntese de substâncias específicas, e propor a estrutura química das mesmas, uma vez que estes genes coordenam a ação de enzimas que atuam de maneira bem estabelecida. Foram analisados 50 genomas deS. aureus, e identificado um agregado de genes (gene cluster) responsável pela biossíntese de peptídeos não-ribossomais (ou seja, peptídeos que não são formados nos ribossomos, como são a grande maioria das proteínas, peptídeos muito grandes) ainda desconhecidos. O agregado de genes mostrou ter um gene de 7,17 Kb (1 Kb = 1000 bases nucléicas, que formam o DNA), que ocupa apenas 0,25% do genoma de S. aureus.

Este agregado de genes regula a formação de uma sintetase de peptídeos não-ribossomais (NRPS, non-ribossomal peptide synthetase) de 2389 aminoácidos. Esta NRPS mostrou ter sítios que atuam na formação de um dipeptídeo (um derivado de dois aminoácidos) com estrutura muito peculiar: é formado a partir dos aminoácidos valina e tirosina, que se condensam e dão origem a uma estrutura cíclica, de massa molecular de 262,17 u.m.a.(u.m.a. = unidade de massa atômica). Ou seja, a partir da análise do genoma de S. aureus, foi possível se encontrar genes que regulam a formação deste dipeptídeo, cuja estrutura pôde ser predita a partir dos resultados obtidos da análise do genoma.

Porém, era necessário que esta predição fosse confirmada.

Desta forma, os autores deste estudo cresceram S. aureus em meio de cultura, extraíram o meio de cultura com solventes orgânicos e analisaram os extratos do meio de cultura por cromatografia líquida (HPLC, high-performance liquid chromatography) acoplada a um detector de espectrometria de massas. Desta forma, para cada substância separada foi possível obter um espectro de massas, que indica a massa molecular da forma protonada das substâncias presentes no meio de cultura de S. aureus. Estas análises indicaram a presença de duas substâncias (dentre outras) no extrato orgânico do meio de cultura de S. aureus: uma de massa 262 e outra de massa 246. As duas mostraram ser muito parecidas pelo fato de serem pouco separadas na análise por HPLC, e também por apresentarem espectro no ultravioleta muito similar. Ou seja, talvez estas substâncias apresentassem estruturas muito parecidas, e tivessem uma biossíntese comum.

Esta hipótese foi confirmada após a obtenção das substâncias puras, uma separada da outra. Após isoladas, puderam ser analisadas por várias técnicas espectroscópicas, principalmente por diferentes experimentos de ressonância magnética nuclear (RMN). Estas análises indicaram que um dos dipeptídeos isolados era formado por tirosina e valina (aureusimina A), e o outro por fenilalanina e valina (aureusimina B). A diferença entre os dois é de apenas um átomo de oxigênio.

Para confirmar que estes dois dipeptídeos eram realmente biossintetizados por S. aureus, o gene ausA, supostamente responsável pela regulação da biossíntese destas duas substâncias, foi substituído por um gene artificial. E S. aureus não mais produziu as aureusiminas.

Em seguida, foram feitos testes com as duas substâncias (aureusiminas A e B) para verificar como estas influenciavam na expressão do gene agr, que controla a virulência de S. aureus. Observou-se que a substituição do gene ausA de S. aureus, responsável pela biossíntese das auresiminas, por um gene artificial alterou completamente o padrão de expressão do geneagr, responsável pela virulência. Observou-se diminuição na formação de proteínas imunomodulatórias, de proteínas de adesão, bem como de proteínas líticas (que promovem o rompimento de membranas) e de citotoxinas (toxinas de células). Enquanto tais proteínas mostraram ter sua produção estimulada na presença das aureusiminas, na ausência destas substâncias as proteínas virulentas mostraram ser produzidas em quantidades muito menores.

Claramente as aureusiminas mostraram atuar na regulação das proteínas participantes do processo de virulência de S. aureus.

Normalmente, S. aureus “original”, sem ter seu genoma alterado, promove hemólise. Quando o gene ausA foi suprimido, a hemólise promovida por S. aureus sem este gene também foi suprimida. Quando se adicinou as aureusiminas no meio de crescimento de S. aureus com seu genoma alterado (com o gene ausA deletado), voltou-se a observar a hemólise. Claramente as aureusiminas participam diretamente da ativação dos processos de virulência de S. aureus.

E mais: quando camundongos sadios foram infectados com S. aureus “original” (sem ter seu genoma alterado), os bichinhos apresentaram grande quantidade de unidades formadoras de colônia (um indicativo de proliferação bacteriana) em seus rins, fígado, baço e coração. Quando os camundongos foram infectados com S. aureus mutada, com o gene ausAsuprimido, observou-se que os rins apresentaram grau de infecção, mas os outros três órgãos muito menos, principalmente o coração (praticamente sem infecção). Ou seja, a inibição da biossíntese das aureusiminas levou a um grau de infecção virulenta muito menor.

A descoberta que as aureusiminas controlam a virulência de S. aureus abre um enorme conjunto de possibilidades para o desenvolvimento de novas formas de tratamento de infecções por esta bactéria. Por exemplo, a eventual descoberta de inibidores da biossíntese das aureusiminas pode significar a abolição do uso de antibióticos para o tratamento de infecções por S. aureus. Embora tal perspectiva possa parecer distante, tudo depende do esforço de pesquisadores acadêmicos e de indústrias farmacêuticas sérias. O mecanismo de ação de tais agentes inibidores da virulência de S. aureus seria completamente diferente do mecanismo de ação dos antibióticos. Isso porque os inibidores da biossíntese das aureusiminas interferem no processo bioquímico de formação destas substâncias, muito mais difícil de sofrer uma mutação benéfica para continuar promovendo a virulência. Desta forma, não seria mais necessário utilizar antibióticos, dos quais as bactérias adquirem resistência (através de mutações) em poucas gerações.


Infecção causada por S. aureus (nojenta!)


Embora o trabalho realizado com S. aureus pareça muito complicado, realmente não é. As atuais ferramentas bioquímicas permitem a realização de um trabalho deste em tempo relativamente curto. Na verdade, os autores mencionam um trabalho publicado em 2008 como fonte das informações preliminares nas quais se basearam para realizar seu estudo. A referência original indica que este trabalho (Novick e Geisinger) foi publicado on-line em agosto de 2008. Ou seja, o estudo realizado com S. aureus levou, no máximo, menos de dois anos para ser desenvolvido. Uma boa idéia e abordagens e estratégias de trabalho bem delineadas levaram à publicação de um artigo extramemente relevante na Science, uma vez que as infecções causadas por S. aureus são consideradas um dos maiores problemas de saúde pública no mundo.

O que certamente fez a diferença para um trabalho deste ter sido feito em tão pouco tempo? Acesso a instrumentação e aos materiais (reagentes, linhagens bacterianas, camundongos) necessários para o desenvolvimento deste projeto. Sem entraves, sem burocracia, sem demora, sem falta de dinheiro.

Wyatt, M., Wang, W., Roux, C., Beasley, F., Heinrichs, D., Dunman, P., & Magarvey, N. (2010). Staphylococcus aureus Nonribosomal Peptide Secondary Metabolites Regulate Virulence Science, 329 (5989), 294-296 DOI: 10.1126/science.1188888
Novick, R., & Geisinger, E. (2008). Quorum Sensing in Staphylococci Annual Review of Genetics, 42 (1), 541-564 DOI: 10.1146/annurev.genet.42.110807.091640