Em 1986, existiam 500 megabytes per capita no mundo; hoje, o número passa de 44 mil, diz estudo na "Science" A quantidade de informação pelo mundo explodiu em 20 anos.
A morte do vinil e o surgimento dos HDs pessoais multiplicaram a quantidade de informação gravada no mundo, mas tudo que já foi produzido pela humanidade ainda apanha feio de uma única célula humana.
Bem feio: há cerca de cem vezes mais informação codificada no DNA humano do que em todos os livros, CDs, computadores, negativos de fotos e todo tipo de lugar onde se armazenam dados, digitais ou analógicos.
Isso não significa que não exista muita coisa arquivada por aí. Em números absolutos, podíamos armazenar, em 2007, ano analisado agora pelos cientistas, 295 exabytes. Isso equivale a cerca de 295 bilhões de gigabytes (um HD doméstico tem uns 300 gigabytes).
É o suficiente para encher 404 bilhões de CDs comuns que, empilhados, cobririam um pouco mais do que a distância da Terra à Lua.
Os números são de uma pesquisa americana, publicada na revista "Science", que analisou os dados produzidos e armazenados pela humanidade entre 1986 e 2007. Ela mostra que os meios analógicos dominaram a lista até 2002, quando foram superados pelos digitais. Em 2007, essa já era a forma de armazenamento de 97% da informação.
Os dados guardados em papel, que, em 1986 já representavam apenas 0,33% do total, em 2007 passaram a representar 0,007% -qualquer vídeo de dez minutos no YouTube tem mais informação ("é mais pesado", como se diz na internet) do que uma enciclopédia inteira.
"É o primeiro trabalho a quantificar como os seres humanos lidam com a informação", diz Martin Hilbert, da Universidade da Carolina do Sul, que liderou o estudo.
EVOLUÇÃO
A morte do vinil e o surgimento dos HDs pessoais multiplicaram a quantidade de informação gravada no mundo, mas tudo que já foi produzido pela humanidade ainda apanha feio de uma única célula humana.
Bem feio: há cerca de cem vezes mais informação codificada no DNA humano do que em todos os livros, CDs, computadores, negativos de fotos e todo tipo de lugar onde se armazenam dados, digitais ou analógicos.
Isso não significa que não exista muita coisa arquivada por aí. Em números absolutos, podíamos armazenar, em 2007, ano analisado agora pelos cientistas, 295 exabytes. Isso equivale a cerca de 295 bilhões de gigabytes (um HD doméstico tem uns 300 gigabytes).
É o suficiente para encher 404 bilhões de CDs comuns que, empilhados, cobririam um pouco mais do que a distância da Terra à Lua.
Os números são de uma pesquisa americana, publicada na revista "Science", que analisou os dados produzidos e armazenados pela humanidade entre 1986 e 2007. Ela mostra que os meios analógicos dominaram a lista até 2002, quando foram superados pelos digitais. Em 2007, essa já era a forma de armazenamento de 97% da informação.
Os dados guardados em papel, que, em 1986 já representavam apenas 0,33% do total, em 2007 passaram a representar 0,007% -qualquer vídeo de dez minutos no YouTube tem mais informação ("é mais pesado", como se diz na internet) do que uma enciclopédia inteira.
"É o primeiro trabalho a quantificar como os seres humanos lidam com a informação", diz Martin Hilbert, da Universidade da Carolina do Sul, que liderou o estudo.
EVOLUÇÃO
Em 1986, a quantidade de informação por pessoa poderia ser guardada em um CD-ROM de 730 MB, e ainda sobraria espaço. Em 1993, o número aumentou para 4 desses CDs. No ano 2000, eram 12 por pessoa.
A mudança mais perceptível foi em 2007, quando eram 61 desses discos por pessoa.
Os pesquisadores chegaram a esses números utilizando informações de várias origens. No que se refere aos dados armazenados digitalmente, usaram as informações industriais relativas à produção global histórica de dispositivos de memória.
Dados analógicos foram obtidos a partir de relatórios sobre a quantidade de livros, revistas e jornais existentes no mundo, utilizando pesquisas anteriores sobre o tema como referência.
Neste ritmo, a quantidade de informação armazenada pela humanidade só ultrapassará a que está "gravada" no DNA humano por volta do ano de 2039.
Os cientistas ainda debatem se toda a informação contida no DNA humano é fundamental para construir e manter o organismo. Pesquisadores propuseram o conceito de "DNA lixo", resquícios no genoma que não serviriam para nada, mas ele tem sido bastante atacado.
"ZIPADO"
Para uniformizar a medição, os cientistas fizeram algo parecido com os softwares de compactação de arquivos -como os do tipo ZIP: diminuíram o tamanho dos arquivos retirando os trechos redundantes das mensagens.
Devido à grande quantidade de fontes, os pesquisadores não se preocuparam se as informações eram inéditas ou repetidas. O que foi considerado mais relevante era o tempo de armazenamento e e a finalidade com que os dados foram gravados.
Por isso, uma centena de cópias da ata de uma reunião distribuídas no evento não seriam consideradas, por exemplo. Sua finalidade não era armazenar a informação, apenas apresentá-la de forma passageira.
TELECOMUNICAÇÕES
O estudo também avaliou os dados transmitidos nas telecomunicações.
Telefones celulares são a forma mais difundida de comunicação, com 3,4 bilhões de dispositivos em 2007. As linha de telefone fixo são 1,2 bilhão, e há 600 milhões de assinaturas de internet.
Mas, por incrível que pareça, a principal finalidade do celular não são chamadas telefônicas. Segundo a pesquisa, o tráfego de dados nos aparelhos supera o de voz.
Créditos: Folha Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário