Entrou em vigor nesta terça-feira uma lei que proíbe o uso de sacolas plásticas no comércio de Belo Horizonte. A cidade é a primeira capital brasileira a abolir o acessório.
As empresas tiveram três anos para se adaptar, mas pediram à prefeitura mais 45 dias para fazer uma campanha educativa. Cerca de 157 milhões de sacolas são distribuídas todo mês na capital mineira, segundo entidades do setor.As sacolas serão substituídas por embalagens biodegradáveis, feitas de amido de milho. Cada uma custará R$ 0,19 para o consumidor. De acordo com a Amis (Associação Mineira de Supermercados), esse é o preço de custo.
"Vamos repassar ao consumidor como forma de incentivar a utilização das sacolas retornáveis. Porque essa de amido vira adubo em seis meses, mas, antes disso, entope bueiro do mesmo jeito", afirma José Nogueira, presidente da entidade.
As sacolas retornáveis já estão à venda em todo o comércio. A mais barata, feita de tecido sintético, custa R$ 1,98. Os supermercados prometem oferecer caixas de papelão de graça aos clientes.
No primeiro dia de vigência da lei, a rotina dos consumidores não mudou. "Vou me adaptar quando tirarem as sacolas. Por enquanto, quero levar muitas para ter ainda sacos de lixo por um tempo", disse a agricultora Ofélia Amaral, 49, que fazia as compras do mês em um hipermercado da cidade.
"Claro que é importante [proibir as sacolas], mas, para o consumidor, é um transtorno. Eu gosto de comprar tudo de uma vez. Vou precisar comprar umas 30 sacolas dessas de pano. Mas fico feliz pela natureza", disse ela.
O bancário Alexandre Alencastro, 28, é contra a lei. "Imagina ter que carregar sacolas de pano em todo lugar que você vai ou pagar R$ 0,19 em cada sacola. O governo tem é que cuidar dos aterros e da limpeza das ruas em vez de passar a responsabilidade para o cidadão", disse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário